Semana passada acabei o "Fielder...", nome carinhoso que meu subconsciente resolveu dar ao "Catcher in the Rye" de J.D. Salinger*. Provavelmente foi uma das mais retumbantes decepções que já tive com relação a um livro. Talvez porque esperasse algo que realmente mudasse minha vida. Como bem comentou Prisco sobre esse fato, muito disso talvez se deva à grande expectativa que tinha pelo livro, certamente reforçada por toda a mítica existente entre ele e o assassinato de John Lennon.
Interessante é que, da mesma maneira que buscamos informações adicionais sobre aquilo que gostamos, por vezes me pego pesquisando também o que não gosto, talvez tentando entender melhor meus desapontamentos. Li alguns comentários e discussões sobre o livro e descobri que realmente existe muita gente para a qual a história de Holden foi uma espécie de marco. Depois dessa pequena pesquisa cheguei até a perceber coisas que havia simplesmente ignorado durante a leitura, mas nada assim muito relevante.
Cheguei até a cogitar a idéia de lê-lo novamente, mas fui logo dissuadido desse propósito por uma amiga que usou dois argumentos simples e irrefutáveis. Primeiro não é o momento. Se o livro não me trouxe nada na semana passada, não vai ser agora que vou conseguir entendê-lo de maneira diferente. Segundo, porque existem livros demais e tempo de menos, então não vale a pena gastar meu escasso tempo com algo que já li.
Segui seu conselho e já estou em outro, mas a decepção ainda não me deixou. É como se fosse um amor Platônico (sempre ele!) da época de escola que finalmente se concretizou, mas que não chegou sequer perto do que eu esperava...
Resumindo, tudo pôde ser muito bem ilustrado pela resposta que dei ao dono do livro, quando questionado sobre o que tinha achado: "... se tivesse lido uns oito anos atrás hoje faria muito sentido. Hoje não grudou nada...".
Talvez seja simples assim, nada mais que um livro certo numa hora errada. Assim como acontece, vez ou outra, com alguns relacionamentos...
* vou tentar me lembrar de colocar o nome dos autores, pois sou realmente péssimo para lembrá-los...
3 comentários:
Considero q seja mto passageira pra ser denominada desilusão..., não acha?
Eu estou no grupo dos que hão esse livro, se é que me entende. Ou no que não o entendeu, veja bem.
A idéia de que há livros muitos mais tb é minha idéia, inclusive serve para interromper uma leitura na metade do esforço. Sem esforço.
De fato Prisco, considerando o tema do post talvez "Decepção" fosse mais apropriado.
Mas, pelo costume de colocar os títulos no final, talvez tenha preferido esse termo...
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