12.12.05

Novidades

É impressionante como uma criaturinha tão pequena consegue alterar tanto o equilíbrio de minha vida. E também de todos aqueles que estão mais próximos.

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Por esses dias, como estou estava à procura de um novo automóvel andei reparando mais nesses que são (errôneamente, na minha opinião) um dos ícones maiores do sucesso de uma pessoa. O camarada pode morar na favela de Heliópolis e mal ter o que comer mas, se andar num possante último modelo, tunado e bem cuidado, já pode ser considerado como um cara de sucesso. Vai entender, mas é mais ou menos assim que o mundo onde vivemos funciona.
Distorções sociais à parte, o que me chamou a atenção nesses dias de observação de carros foi a pequeníssima variedade de cores que pode-se encontrar nas ruas. Entre o branco e o preto encontei apenas uma ampla gama de meio-tons: cinza chumbo, cinza-azulado, cinza-esverdeado, cinza-escuro, cinza-claro e, é claro, o vencedor: prata (nobre nome de um cinza metido a besta).
Vez ou outra pipoca aqui ou acolá um vermelho, um azul e, mais raramente um verde. Cores sempre em tons escuros. Raramente encontramos um carro com uma cor mais alegre (isso não vale para você Prisco) mas no geral percebi que nossas ruas têm estado bem pobres e tristes em termos de cor. Nessas horas fico me perguntando se isso não é um reflexo de como temos levado nossas vidas...

Em tempo: ao contrário do que desejava não contribuí em nada para mudar esse quadro... Forças financeiras infelizmente me impediram :-(
Quem sabe na próxima troca...

Um comentário:

Oswaldo Akamine disse...

"Forças financeiras"... então, você entende porque é que as ruas são monocromáticas, não?